Representante do FONASC NA CTAS DO CNRH COBRA PROVIDENCIAS QUANTO A LEGISLAÇÃO DO GÁZ DE XISTO

O gás de xisto e sua exploração no Aquifero Guarani foi um dos temas abordados nas reuniões das Câmaras técnicas do Ministério do Meio Ambiente. A especialista Gislene Margarida Pereira, Geógrafa, pós-graduada em Educação Ambiental e representante do Movimento Articulação Popular São Francisco Vivo, E DO FONASC NA REUNIÃO foi à oradora responsável por tratar do tema na reunião de Câmaras Técnicas do Meio Ambiente, CTAS (Câmaras Técnicas de Águas Subterrâneas) e CTGRHT (Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriço), antes da palestra a geógrafa conversou conosco sobre o tema.

O gás de Xisto. “É uma rocha sedimentar, que está a mais de 1500 metros de profundidade, para sua extração é necessário uma bomba injetora com água, areia, e produtos químicos, que com uma grande pressão vai fraturar a rocha. E nessa fratura é liberado o gás. Porém quando libera o gás, acontece uma grande possibilidade de contaminação do lençol freático”.

Gislene ressaltou os perigos e consequências da extração do gás. “Os perigos de contaminação são muitos grandes, Além de pouco estudo, o método é muito caro. Com a extração pode ocorrer à contaminação do solo, dos lençóis freáticos e do ar (com a liberação do metano). E por fim, abalos sísmicos, local, regional e global. O método é proibido em vários países da Europa como França e Bulgária”, disse.

Sobre a forma com que está sendo tratado o tema da exploração do gás de xisto no Aquífero Guarani, a geógrafa disse preocupada, como está sendo levado o assunto no Brasil. “Tudo está sendo feito por debaixo dos panos, passei a ficar incomodada com o esconderijo do processo. Comecei a denunciar nos comitês e conferencias de Meio Ambiente. Percebi, nos olhos das pessoas, que todos ficavam apavorados. E, não sai nada mídia. O que tem saído é na internet. Recebi por email uma carta de publicação do Jornal da Ciência da presidente da SBPC, com o relato da presidente Dilma Roussef colocando todos os perigos ambientais da exploração do gás do xisto e grande perigo da contaminação do Aquífero Guarani, quer dizer em uma época em que o planeta está sofrendo a possibilidade de falta de água, nossas bacias sedimentares vão ficar todas contaminadas? Por que, além de todos os perigos, tem a devolução da água, totalmente contaminada por produtos químicos, por metais encontrados na rocha. Como que fica esta água caindo no Rio São Francisco? E o povo ribeirinho usando ela? O São Francisco é um testemunho de clamor em nome de todos os rios brasileiros. E como é que fica o Aquífero Guarani que é a maior reserva transfrontericia do mundo?” Indagou.

Em relação ao interesse internacional, a especialista diz que não podemos comparar as situações de Brasil e Estados Unidos. “Existe um interesse internacional, é como se fosse um boom mercadológico. Não podemos comparar a nossa situação com a dos Estados Unidos. Os americanos têm uma dependência com o petróleo, tem uma super industrialização, nós não temos esta necessidade de fazer uma exploração sem estudos. Desrespeitando a comunidade técnica, cientifica e civil por que ela não foi consultada em nenhum momento.

E por fim, Gislene ressaltou a importância da mobilização por parte da sociedade civil. “Nós tivemos uma grande aula, em junho. Nosso povo foi às ruas, por insatisfação com a crise urbana. Temos que ir às ruas. Acredito que há um consenso para adiar a questão do gás de xisto para estudos. Se um futuro distante, precisarmos de uma fonte energética, que haja estudos comprovados, que tenha participação da comunidade científica e que ela não seja desprezada, como foi o caso da transposição do rio São Francisco. Eu acredito que todos têm uma parcela de compromisso”.

Saiba Mais

O gás de xisto é considerado atualmente a nova promessa energética mundial. Mas, a grande preocupação, trazida por sua exploração são os impactos ambientais. Entre eles está: Ameaça às reservas subterrâneas de água; A exploração de gás de xisto no Brasil também pode comprometer a busca por alternativas energéticas renováveis; E, por fim, a emissão de resíduos tóxicos no meio ambiente.

Para se ter uma idéia o processo de extração, chamado de fraturamento hidráulico, usa grandes quantidades de água. A estimativa é que um poço use 15 milhões de litros de água, e a metade retorna à superfície contaminada por produtos químicos. Como mostra o infográfico abaixo.

Aquifero Guarani

O Aqüífero Guarani é o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo. O Aquífero constitui-se em uma importante reserva estratégica para o abastecimento da população, para o desenvolvimento das atividades econômicas e do lazer.

Ficou acertado uma nova reunião da CTAS EM SETEMBRO para apresetnação da ANP sobre esse priocesso de licitação. Após os esclarecimetno dessa Agencia a CTAS ira dá encaminhamentos necessários em cuprimentos da lçegislação. O FONASC CONTINUARÁ NMOS SEUS ESFORÇOS PARA O ANDAMENTO DESSA DEMANDA.

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