Por Virgínia Diniz | Ascom Fonasc.CBH
A oficina reuniu 19 jovens da Cidade Olímpica e resultou na retomada do jornal “Correio das Águas”, em formato de Jornal Mural e doravante terá edição mensal.
A primeira turma da Oficina de Educomunicação do projeto “Grita Jeniparana: Assista esse filme” foi concluída nesta sexta-feira (29), no Instituto Educando, bairro Cidade Olímpica, em São Luís. Durante duas semanas, cerca de 19 estudantes, meninos e meninas entre 10 e 13 anos, participaram dos encontros realizados no turno vespertino, das 14h às 17h. O projeto tem o apoio financeiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), execução do Instituto Mariana e parceria das escolas e instituições do Comitê Infantojuvenil da Bacia Hidrográfica do Rio Jeniparana (CIJBHRJ).
O encerramento da oficina foi marcado pela celebração dos aniversariantes do mês, reunindo alunos, equipe do Instituto Educando e membros do projeto, com presença da diretora do Instituto Mariana, Neuza Ribeiro. Na próxima semana, dia 1º de setembro, as oficinas do projeto seguem no Instituto Educando, das 14h às 17h, com o início da Oficina de “Produção de Curta-Metragem”, uma das principais e mais importantes do projeto, que será ministrada pela professora Thaís Lima.
O tema foi conduzido pela radialista, jornalista, mestre em Comunicação e assessora de comunicação do Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (Fonasc.CBH), Virgínia Diniz, que incentivou os jovens a refletirem sobre como a comunicação com suas diversas mídias, plataformas, linguagens e formatos pode contribuir para o exercício da cidadania, especialmente no campo da educação ambiental.
“Apesar de existir graduação de Educomunicação no Brasil e de muitos professores e profissionais estarem sendo motivados a usar esse recurso como ferramenta pedagógica e de desenvolvimento humano, a Educomunicação ainda é um tema pouco explorado. Por isso ministrar essa oficina teve um aspecto desafiador e ao mesmo tempo prazeroso: o de motivar os alunos a pensarem informações e notícias sobre o mundo que estão inseridos e fazê-las chegar às pessoas. E ao mesmo tempo, passar de forma leve, mas séria, a proposta de construirmos juntos, tendo eles com agentes de comunicação, um jornal mural”, explica Virgínia Diniz, que reconheceu que o tema, além de novo, traz outro desafio, que é o de ter muitas informações novas para os alunos.
Durante os dias de oficina a turma contou com a presença da vice-coordenadora nacional do Fonasc.CBH, Thereza Christina, coordenadora técnica do projeto e responsável pelas articulações, montagem e execução do projeto, além da assessora administrativa do Grita Jeniparana, Ana Bethy Sodré.
A retomada do Jornal Mural Correio das Águas
Como produto da oficina, a turma construiu de forma colaborativa o jornal mural “Correio das Águas”, inicialmente fixado no Instituto Educando, e que será replicado também nas demais escolas parceiras do projeto.
O Jornal Mural “Correio das Águas” é a retomada do jornal Correio das Águas do CIJBHRJ, criado há 9 anos, em 2016, nascido da participação do CIJBHRJ no I Fórum Estadual sobre a Criação e Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Maranhão que aconteceu em Codó (MA), no ano de 2016.
“O Correio das Águas surgiu quando o CIJBHRJ identificou que os jovens de municípios do interior do Maranhão estavam sem notícias das ações relacionadas às questões ambientais e sobretudo, do que acontecia na capital, referência para eles nessas ações. As primeiras edições foram em uma folha de papel A4, que depois migrou para o site do Fonasc.CBH”, recordou a vice-coordenadora do Fonasc.CBH, Thereza Christina, ao falar do jornal aos alunos.
Retomada às edições, agora em formato de jornal mural e com potencial de expansão para as redes sociais, o Correio das Águas ganha nova vida, dando protagonismo às vozes juvenis.
Na edição inaugural, os alunos escolheram editorias como: Nossa história, Quem somos, Nossos rios, Amigo das águas, Radar das águas, EcoDicas, Dicionário das águas, Aniversariantes, além de colunas extras com desenhos, agenda e caça-palavras.
As próximas edições terão periodicidade mensal e devem ganhar versões digitalizadas, fortalecendo o caráter de educomunicação e multiplicação do conhecimento.
O público infantojuvenil do Projeto “Grita Jeniparana: assista esse filme” – protagonistas e cidadãos conscientes
Os alunos dos institutos que formam o Comitê Infantojuvenil da Bacia Hidrográfica do Rio Jeniparana são os participantes do projeto “Grita Jeniparana: assista esse filme”. São meninos e meninas, entre 10 a 13 anos, atentos, conscientes, sedentos de conhecimento, informação e participação, eles já ampliaram seu repertório de conhecimento sobre os recursos hidrográficos e o que é mais importante, sobre a gestão e importância das águas em sua região e comunidade.
Em seus relatos, declaram que a experiência tem sido positiva, foi o caso de Eloisa Cardoso Mota, aluna do 6º ano do Instituto Educando. A Oficina foi uma experiência de aprendizado, onde percebeu os meios de comunicação de uma forma que “muitos não sabem”.
“Eu quis entrar no projeto pois sempre gostei do tema de Meio Ambiente e Ecologia, por isso me inscrevi”, pontuou Eloísa Mota, que falou ainda à assessoria do Fonasc.CBH: “Eu aprendi que a Educomunicação pode ajudar minha vida em como posso usá-la a meu favor de forma positiva e no meu aprendizado. Sobretudo na questão da conscientização ecológica, sobre reciclagem, mudanças climáticas e divulgação de projetos em redes sociais”, concluiu Eloísa.
A aluna participou da produção do Jornal Mural ficando responsável pela editoria dos aniversariantes e durante os encontros, junto com os demais alunos, pode aprender sobre como a Educomunicação pode ajudar a construir cidadãos mais conscientes, assim como desenvolver as competências e habilidades humanas: “Gostei de ter aprendido sobre como a comunicação interfere na educação e ambas são associadas mesmo não parecendo”.
Já para o aluno Ryan Bernardo Mendonça, a experiência foi nova mas ele ficou feliz com o que aprendeu: “No início tudo foi muito novo e eu achei que não conseguiria fazer um Jornal Mural, mas depois eu gostei de ter aprendido e tudo ficou mais claro pra mim, eu fiquei feliz quando vi que estava aprendendo”, declarou satisfeito Bernardo, durante o processo de produção do Correio das Águas.
Ao todo serão seis oficinas e com o fina da Oficina de Educomunicação, os participantes do projeto chegam ao marco da metade do caminho percorrido. Na próxima semana será o início de um divisor de águas no projeto, com o começo da oficina mais importante, que irá abordar “Produção de Curta Metragem” e será ministrada pela professora Thaís Lima.
Quem desejar acompanhar o projeto pode seguir o grupo pelas redes sociais do instituto Mariana, pelo site do Fonasc.CBH e pelo instagram do @comiteinfantojuvenil.