
Oficina integra o projeto do Comitê Infantojuvenil do Fonasc.CBH, que completa 15 anos de atuação; próximas vão abordar temas como hidrogeografia, direito ambiental, educação ambiental, dentre outros
O Fonasc.CBH e o Instituto Mariana concluíram, neste mês de junho, a primeira de seis oficinas que vão compor o processo de criação do curta-metragem “Grita Jeniparana: assista este filme”. A formação foi realizada no Instituto Educando, no bairro Cidade Olímpica (São Luís/MA), com o tema “Gestão de meio ambiente e recursos hídricos”. Ao todo, participaram 35 crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos.
A oficina integra o projeto do Comitê Infantojuvenil do Fonasc.CBH, que completa 15 anos de atuação em 2025. “Esse público precisa ter voz, e esse é o nosso papel: dar voz a essa juventude infantojuvenil, para que seja protagonista da governança das águas do Brasil”, afirma Thereza Christina, vice-coordenadora nacional do Fonasc.CBH, que participou da celebração de encerramento da primeira oficina ao lado de Neuza Ribeiro, CEO do Instituto Mariana.
Com carga horária média de 40 horas distribuídas em três encontros por semana, a primeira oficina teve como objetivo despertar nos participantes uma consciência crítica sobre o meio ambiente e, principalmente, sobre o papel de cada um na sua preservação. “É uma introdução para que eles adquiram conteúdo suficiente e saibam abordar com propriedade os conceitos”, explica a oficineira Alcione Silva, oceanógrafa e mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
A atividade foi também um espaço de descobertas. A estudante Samanta Yume, de 11 anos, ficou surpresa com o que descobriu. “Fiquei impressionada ao saber que já produzi mais de 3.600 quilos de lixo. E provavelmente, descartei tudo de forma incorreta.”
Já Pedro Miguel, de 10 anos, se encantou com as bacias hidrográficas. “Agora me sinto mais responsável. Me sinto um agente de mudança do meio ambiente.”
Próximas etapas
As novas oficinas, a serem realizadas ao longo dos próximos 12 meses, vão abordar temas como hidrogeografia, direito ambiental, educação ambiental, cartografia social e educomunicação. Em uma das oficinas, as crianças produzirão seu próprio mapa da Bacia do Jeniparana, fortalecendo o sentimento de pertencimento ao território.
Thereza Christina conta que “a proposta é que cada oficina contribua com a construção coletiva do roteiro do curta, que será uma espécie de obra viva, criada pelos próprios participantes”. O filme está previsto para ser lançado em março de 2026. “Queremos que esse filme traga o sentimento de que o rio está gritando, está pedindo socorro”, conclui Thereza Christina.