Durante o encontro, autoridades destacaram a persistente escassez hídrica, o aumento de focos de incêndio e o impacto das mudanças climáticas na região, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas previstas para os próximos meses.

No dia 04 de outubro, aconteceu a 6ª Reunião da Sala de Crise da Bacia do Alto Paraguai, convocada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O encontro fez parte de uma série de lives mensais realizadas desde maio deste ano, quando foi decretada a Declaração de Escassez Hídrica da Região Hidrográfica do Paraguai.

A reunião contou com a participação de representantes do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN), do Serviço Geológico Brasileiro (SGB) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo dados apresentados pelo INMET, até o dia 3 de outubro, foram identificados 12.469 focos de incêndio no Pantanal, número que só perde para o registrado em 2020. Os incêndios deste ano têm superado a média desde junho, com um pico alarmante em agosto, quando 4.411 focos foram registrados. Quanto às anomalias de precipitação, a previsão aponta para chuvas de baixo volume, sugerindo um possível novo padrão climático, no qual a estação chuvosa chega com atraso,
enquanto a estação seca se prolonga por mais tempo.

O CEMADEN também destacou o atraso da estação chuvosa e apresentou dados que indicam que os níveis dos rios da Bacia do Paraguai ainda não se recuperaram do cenário de seca extrema de 2021. As previsões para os próximos meses indicam altas temperaturas e chuvas escassas, com algum alívio possível ao longo dos dias.