ENTIDADES BRASILEIRAS SE REÚNEM PARA ARTICULAR PARCERIAS E ATIVIDADES DOS PROJETOS DO HUMEDALES SIN FRONTERAS
Texto: Ascom Fonasc.CBH
Data: 19/08/2019
A cidade de Cárceres-MT recebeu a reunião que debateu diversos projetos de ONGs e entidades da sociedade civil organizada, além da presença de várias entidades brasileiras que já participam do projeto Humedales Sin Frontera. O evento foi convocado pelas entidades parceiras do FONASC.CBH, Fé e Vida e Instituto Gaia. Participaram ainda a Rede Tradicional Pantaneira, Icaracol e o consultor ambiental João Andrade do encontro.
A reunião teve como pontos de pauta agroecologia em áreas úmidas, reconectar, reflorestar para ter água, cuidar da água, criar um contra modelo político; manter as comunidades nos territórios a partir das práticas já existentes, troca de informação para gerar renda nos territórios; manutenção dos territórios a partir da agroecologia, selo agroecológico sem agrotóxicos, diversidade na produção; levantamento com comunidades afetadas por conflito de terra; mapeamento com povos tradicionais para ver as reais necessidades da comunidade de Vão Grande em Barra do Brugues.
Ainda foi ponto de debates durante o evento, agregar os jovens da Bacia Amazônica, com intervenções politicas, instalações de antenas caseiras e ferramentas tecnológicas, também foram trabalhadas as áreas para restaurações, espécies chaves, educação popular; comitês populares resgate da luta pela terra e pela água em conjunto, e sobre 180 famílias no assentamento tradicional que estão fazendo passagem para a agroecologia; incentivo ao uso de sementes agrícolas, criação do dia do rio e comitê popular em cada núcleo ou grupo que trabalham os 4 eixos.
A outra parte da reunião foi de apresentação dos projetos realizados nas instituições, cujos trabalhos de bases estão em 11 comunidades, tais como: mutirão de documentações, registro de vídeos e formação em escolas públicas das comunidades de Vão grande; mobilização e participação em reuniões no GAP (Grupo de Apoio ao Pantanal), oficinas sobre políticas de recursos hídricos em Santarém e Tapajós; participações nos Comitês de Bacias Hidrográficas, movimentos de expedições e incidências; debates nas formações para criação dos comitês populares e escola de militância, expedição cultural e dia do rio Paraguai.
Já nos corredores bioculturais, foram listados, as produções culturais expedição cultural; comitês das reservas da biosfera; participações nas audiências sobre agrotóxicos, e denúncia das mortandades dos peixes no rio Paraguai; políticas públicas em fórum de mudanças climáticas; mapeamentos de identidade das comunidades; vaga nos fóruns de mudanças climáticas; denuncia e debates sobre a situação dos pescadores, e os impactos das hidrelétricas no Porto do Limão; a mineração em Antônio Maria Coelho; impactos de unidades de conservação em Barra de São Lourenço; relatórioS CNDH; Ida a ONU com denúncias, soberania alimentar, direitos humanos; seminários de mapeamento; mapeamento do território de pesca e povos em comunidades tradicionais, do rio Cuiabá; participações em colegiados locais e nacionais; produções de materiais como cartilhas e apostilas.
Após os debates e todos de acordo sobre métodos e resoluções dos pontos citados durante a reunião, o representante da entidade Fé e Vida, Isidóro Salomão encerrou esse importante e rico encontro ressaltando que “sem a água no Pantanal a qual todos lutamos, seriamos deserto. Precisamos valorizar as místicas nos encontros e reuniões, assim como foi dado o início a esse encontro, pois a mística é o coração dos encontros, enriquecendo não somente o saber, mas também a vida”.